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Expoingá 2019, uma feira diferenciada

A 47ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá, a
Expoingá 2019, terminou ontem (19), com a marca de uma das melhores feiras
em termos de diversidade de sua história. Público surpreendente, instalação
dos governos estadual e municipal no parque de exposições durante três dias,
visita de estudantes de vários países, grande número de participantes em
eventos técnicos e forte presença de instituições públicas e privadas estão
entre os aspectos que fizeram a diferença nesta edição do evento, que
começou no dia 9 de maio e contou com onze dias de programação.
A feira se consolida entre as cinco principais do país ao reunir no mesmo
ambiente as atividades do agronegócio, indústria, comércio, serviços,
entretenimento, entre outros. O evento contou com 1,3 mil expositores, mais de
7 mil animais de grande e pequeno porte expostos, ampliação do parque de
maquinários e implementos agrícolas, treze marcas de veículos, novas raças
equinas e bovinas, o Espaço Agro Tecnológico e a presença de startups;
também, 28 shows com artistas nacionais, entre o palco principal e a Barraca
Universitária, dezenas de apresentações regionais, lançamento do Museu do
Agronegócio, o Agromuseu; variados eventos técnicos e uma diversificada
praça gastronômica, além de entretenimento para todas as idades.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados. Não foi uma feira fácil de se
estruturar, devido ao quadro econômico do país, ainda de muita dificuldade,
mas institucionalmente foi muito boa. Os nossos parceiros e expositores
acreditaram que era possível fazer diferença e vieram todos com muita energia,
dando o melhor na apresentação dos produtos, nos estandes e isso trouxe um
aspecto positivo, chamou a atenção do público e nós vimos a feira crescer do
primeiro ao último dia”, analisa a presidente da Sociedade Rural de Maringá
(SRM), Maria Iraclézia de Araújo.
Embora dependa ainda do fechamento dos dados, a organização já sabe que o
público foi surpreendente e deverá ultrapassar os números projetados, que era
de 550 mil visitantes. “Nos dias mais movimentados, em vários momentos,
tivemos que fechar os estacionamentos, porque não havia capacidade mais de
veículos”, comenta o diretor responsável, Wilson Salvador.

Implementos e veículos
No segmento de implementos agrícolas, os responsáveis pelas empresas
dizem que a quebra na safra de verão, falta de chuva que comprometeu a
safrinha do milho, o fim do dinheiro do Plano Safra 2018/2019 e a situação da
economia do País comprometeu um pouco as vendas. As principais marcas de
máquinas e implementos mais uma vez estiveram presentes na feira
agropecuária de Maringá graças ao envolvimento de suas concessionárias que
há anos aproveitam a Expoingá como vitrine para seus produtos e realização
de negócios. “Por pior que se apresente o cenário, sempre terminamos com
vantagens, porque tivemos o contato com os produtores, mostramos nossos
equipamentos e em muitos casos negociações foram iniciadas e serão
concluídas num futuro bem próximo”, disse Ismael Passoni, diretor da New
Agro, concessionária New Holland.
Na área central do parque, 13 marcas de automóveis estiveram presentes:
Chevrolet, Volksvagem, Ford, Nissan, Toyota, Peugeot, Jaguar, Audi, Jeep,
BMW, Dodge, Ram e Land Rover, e em consulta direta com o gerente de todas
elas, confirmou-se uma boa procura pelas camionetes, que superaram os
veículos utilitários. “Tivemos um bom movimento geral pelos diversos modelos
e tamanhos, mas notamos todos os anos, assim como neste, que as
camionetes têm mais saída”, relata Jaison Alex Silva, gerente da Bonsai
Motors, concessionária Nissan.

Inovações
Quanto às inovações tecnológicas, a feira apresentou a primeira cooperativa de
energia solar do País, contou com os dois primeiros ônibus elétricos do Estado
em exposição e até mesmo produtores rurais puderam aprender sobre a
operação de drones em um dos cursos de capacitação oferecidos em parceria
com a Faep-Senar e Sindicato Rural de Maringá. Também a Polícia Civil do
Paraná manteve uma delegacia móvel no parque fazendo monitoramento de
segurança por drone. Na área das startups, foram dez empresas expositoras,
trazendo soluções para o agronegócio.
Já no segmento pecuário, o gado Maine Anjou, uma raça francesa que só tem
dois criadores no Brasil, chamou a atenção, como também o cavalo
Pantaneiro, presente pela primeira vez na Expoingá. No Espaço Pet, a Lhama
foi um dos animais que mais despertou curiosidade e, na Fazendinha,
tradicional espaço da feira para divulgação da agricultura familiar, por onde
passaram milhares de pessoas, o lançamento do sorvete de mandioca foi
sucesso.
A 47ª Expoingá trabalhou alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS), dentro de várias de suas atrações e projetos expostos ao longo dos dias da feira. A exposição atende aos 17 ODS fixados pela
Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a pobreza, proteger o
planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade até o
ano de 2030.

“Mundo dos Dinossauros” é um dos atrativos mais visitados

A inédita exposição “Mundo dos Dinossauros” foi um dos atrativos que mais
chamou a atenção do público da Expoingá este ano. O Pavilhão do Centro de
Eventos, onde esteve montada, ao lado do Espaço PET, recebeu milhares de
visitantes durante os onze dias de feira. Nos finais de semana, chegava a ser
difícil andar pelo local.
Famílias inteiras e de várias cidades da região passearam pelo local. Marcos
Nociboni, de Nova Esperança, veio acompanhado do pai, mãe, esposa e dois
filhos pequenos. Eles, que costumam visitar a feira todos os anos, disseram
que estavam “encantados” com a mostra dos dinos. “É muito realista. As
crianças adoraram”, comentou Nociboni.
Rogério Marinho, de Dracena (SP), veio com a esposa visitar a filha que faz
faculdade em Maringá e aproveitou para conhecer a Expoingá. Ele disse que
gostou da feira porque viu muita coisa diferente e se divertiu apreciando as
dezesseis réplicas de dinossauros, espalhadas por um cenário com iluminação
especial e mais de 300 plantas naturais de espécies que já existiam na era
jurássica.
Quem também falou do prazer de passear pelo local com os filhos e a esposa
foi o maringaense Cleiton Waterkemper. Para ele, a Expoingá é um local de
lazer e a exposição dos dinos “uma novidade agradável”. Mariele dos Santos,
de Mandaguari, estava com duas filhas menores e, segundo ela, ficaram
encantadas. Creide Ribeiro, 60 anos, de Sarandi, acompanhada de um filho
adolescente, achou a mostra “impressionante”.
“O Mundo dos Dinossauros” foi uma atividade promovida pela Sociedade Rural
de Maringá (SRM) que contou com a parceria do Museu Dinâmico
Interdisciplinar (Mudi) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Além das
réplicas dos animais que viveram na terra há mais de 200 milhões de anos,
obras do artista plástico Jonas Correa, de Quatro Barras (PR), a exposição
reuniu peças do Mudi, como fósseis autênticos e réplicas científicas, que
exploram história e biodiversidade.

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