Política

Projeto de Rubens Bueno não criminaliza pesquisas eleitorais

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR), autor do projeto de lei 96/2011, cuja urgência foi aprovada na última terça-feira (18) pela Câmara dos Deputados, esclarece que a sua proposta, ao contrário do que vem sendo noticiado por alguns veículos de imprensa, não criminaliza as pesquisas eleitorais. Diferentemente de outros projetos que versam sobre o tema e que estão tramitando em conjunto com o dele, o PL 96/2011 apenas atualiza as multas já existentes na Lei das Eleições (Lei 9.504/97), que em seu artigo 33, parágrafo 4º, estabelece que “A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR”.

A inovação pretendida pelo projeto de Rubens Bueno age somente no sentido principal de aumentar o valor da multa, que no caso do PL 96/2011 é fixada entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Assim, combate a fraude. Ao contrário de outras propostas sobre pesquisas que tramitam em conjunto e que estabelecem, até absurdamente, penas de reclusão de até 10 anos, o projeto de Rubens Bueno não aumenta as penas já previstas na Lei e, o mais importante, não penaliza as pesquisas feitas com a seriedade e rigor científico.

Como ressaltou durante a aprovação do requerimento de urgência, Rubens Bueno reforça que votará contra qualquer proposta que vise aumentar penas.
O meu projeto tem apenas a intenção de aumentar a multa e ampliar o conceito de pesquisa fraudulenta. Ou seja, traz uma nova regulamentação para o tema. Não se trata de criminalização”, afirmou o deputado.

O parlamentar ainda pondera que sua proposta foi apresentada em 2011 e está pronta para ser apreciada pelo plenário desde 2012, sem nunca ter sido colocada em pauta mesmo após a apresentação de um requerimento de urgência em 2014, que acabou só indo a voto ontem.

É lamentável que se faça uso eleitoral desse tema em pleno curso de um segundo turno presidencial dos mais conturbados de nossa história. Esses casuísmos nunca são bons para o país. Precisamos legislar sobre esse assunto? Sim, até em virtude das discrepâncias verificadas há anos nas pesquisas, mas não no meio da eleição”, ponderou Rubens Bueno.

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