Cotidiano

Hotéis de Porto de Galinhas têm aumento de ocupação no feriado, mesmo após óleo no litoral

Segundo dados da ABIH, feriado tem expectativa de 93% dos leitos ocupados, superior aos 91% de 2018. Praias vizinhas ao balneário tiveram registro de manchas em outubro. Porto de Galinhas tem aumento da ocupação em hotéis no feriadão
O derramamento de óleo no litoral pernambucano trouxe prejuízos para diferentes categorias. O desastre ambiental, no entanto, não afetou a movimentação dos hotéis de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul. Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH), a taxa de ocupação para o feriado da Proclamação da República, nesta sexta (15), é de 93% no balneário, superior aos 91% do ano anterior (veja vídeo acima).
Porto de Galinhas não teve registro de óleo, mas fragmentos foram encontrados na Praia do Merepe, vizinha às piscinas naturais, e também na Praia do Cupe, próxima ao balneário e conhecida pelos hotéis. As praias do estado foram consideradas limpas pela Marinha.
Derramamento de óleo no litoral não afetou o movimento de Porto de Galinhas no feriado da Proclamação da República, nesta sexta-feira (15)
Reprodução/TV Globo
Visitar as piscinas naturais, com águas mornas e transparentes, era um sonho das irmãs Sheila Brustolim e Edna Teixeira, que vieram de Tocantins. Elas prepararam a viagem com três meses de antecedência. As manchas de óleo ainda não tinham chegado ao nordeste.
“Nós pensamos assim: ai, gente, já tá tudo programado, vamos. Se tudo der errado a gente vai curtir o local. Mas tudo deu certo, graças a Deus”, disse Edna.
A irmã, Sheila, ficou encantada com a praia pernambucana. “A informação que nos chega é de óleo, de praias sujas, contaminadas. A nossa realidade, chegando aqui foi outra. Olha que nós já andamos bastante e tá tudo perfeito”, relatou Sheila.
Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, teve boa procura de turistas para o feriado desta sexta (15)
Reprodução/TV Globo
Final do ano
Apesar dos bons números para esta sexta-feira (15), a ABIH acendeu o alerta para o final do ano. O vice-presidente da associação, Artur Maroja, apontou que as reservas para a Proclamação da República foram feitas antes do derramamento. A preocupação, agora, é com a alta temporada.
“O óleo nos deixa atentos, nos deixa apreensivos, porque de qualquer forma é um impacto relevante que requer atenção, monitoramento e trabalho em cima. Nós estamos trabalhando com muita responsabilidade e não temos dúvida nenhuma que quem vier não vai se arrepender”, disse.
As equipes de vendas já iniciaram o trabalho de conscientização dos turistas, para mostrar que não há problemas nas praias e que estão limpas, relatou Maroja.
Piscinas naturais de Porto de Galinhas não foram afetadas pelo óleo, que atingiu o litoral brasileiro
Reprodução/TV Globo
O planejamento para a época mais esperada do ano não parou. E as contratações temporárias começaram. Solange da Silva foi contratada há uma semana para trabalhar na recreação deste hotel, depois de ficar um ano e 5 meses desempregada.
Nos restaurantes, apesar do consumo estar liberado, os clientes trocaram os frutos do mar, por outros tipos de carne. “Eles estavam com medo de comer peixe, frutos do mar. Caiu bastante a procura por aqui”, disse a recepcionista Thais Paula.
Mesmo com a queda, o principal destino turístico do estado comemorou a boca ocupação e movimentação no feriado.
Óleo no litoral
Em Pernambuco, as manchas de óleo atingiram 47 praias e oito rios e estuários de 13 municípios, em outubro. Mais de 1.500 toneladas da substância foram removidas em uma operação que contou com integrantes do governos federal e estadual, além de voluntários.
No dia 8 de novembro, o governo pernambucano anunciou a liberação para o banho em 16 praias do litoral pernambucano que foram atingidas pelas manchas de óleo. O anúncio foi feito a partir da análise de amostras feita pela Agência de Meio Ambiente (CPRH).
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário enviou 150 amostras de pescados artesanais para análise na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Com a análise, será possível afirmar se os pescados estão livres de óleo e, assim, liberados para o consumo da população.
Na segunda (11), o governo federal informou que os animais coletados em peixarias estavam “próprios para o consumo humano”. A informação foi repassada pelo Mapa.
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redação

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