Cotidiano

Segundo dia de greve na Torre Eiffel frustra turistas desavisados

A Torre Eiffel ficou fechada, nesta quinta-feira (2), pelo segundo dia consecutivo, por causa de uma greve dos funcionários que protestam contra a falta de organização no gerenciamento de filas, que chegam a ser quilométricas. Letreiro anuncia entrada fechada na Torre Eiffel após greve de funcionários, 2 de agosto de 2018
Reuters/Benoit Tessier
A Torre Eiffel ficou fechada, nesta quinta-feira (2), pelo segundo dia consecutivo, por causa de uma greve dos funcionários que protestam contra a falta de organização no gerenciamento de filas, que chegam a ser quilométricas.
O emblemático monumento parisiense deixou de receber visitantes na quarta-feira (1) à tarde, após a suspensão das negociações entre a direção e os sindicatos, deixando centenas de turistas decepcionados.
“É muito frustrante estar aqui e não poder ir na torre. Eu nem sabia que estava acontecendo uma greve”, declarou uma turista de Nova Iorque. “É uma pena, fiz uma viagem de poucos dias, mas consigo entender o motivo da greve. Parece que o sistema de filas não funciona”, relatou um turista sul-americano entrevistado pela RFI.
No início de julho, a empresa que gerencia o monumento aumentou em 30% o número de bilhetes vendidos online. Os sindicatos dos trabalhadores não concordam com a decisão de dedicar uma das entradas apenas para aqueles com ingresso antecipado.
O representante da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Denis Vavassori, disse que os sindicatos não criticam o formato das vendas, mas sim o desequilíbrio que se forma entre as diferentes filas.
Os funcionários afirmam que hoje, visitantes sem ingresso podem esperar até três horas, e os que compraram on-line, até uma hora, apesar de, em princípio, terem reservado o horário da visita. Isso tem causado um mal-estar entre visitantes e funcionários.
“Se você espera durante três horas para conseguir subir, você fica com muita raiva e quando vê alguém usando um uniforme da torre, acaba descontando. Conviver com isso diariamente é muito estressante para os funcionários”, afirmou o representante sindical Stephane Dieu.
Exigências
Os sindicatos exigem uma melhor recepção dos turistas no pátio da Torre e querem que as duas entradas sejam abertas a todos. A ideia, como já acontece em parques de diversões, seria a de criar duas filas em cada ponto de acesso: uma para quem for comprar ingresso, e outra, mais rápida, para quem já tiver comprado pela internet.
A SETE, companhia que administra a Torre Eiffel, se diz consciente da decepção dos visitantes, e garante estar fazendo o necessário para retomar as visitas o mais rápido possível. Um dos lugares mais visitados de Paris, a Torre Eiffel recebe em média 25 mil visitantes por dia e recebeu mais de 6 milhões de turistas no ano passado.
Esta não é a primeira vez que o monumento fecha as portas. Em abril, também ficou fechado aos visitantes por causa de outra greve.
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redação

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