Com portões fechados e dezenas de servidores públicos barrados nas portarias, a Assembleia Legislativa realizou na tarde desta quarta-feira (1º) uma sessão especial para a posse da nova Mesa Diretora, que irá conduzir o legislativo paranaense no biênio 2017/2018.
A proibição da entrada dos servidores nas dependências da Assembleia Legislativa foi criticada pelos deputados da oposição.
“Provavelmente, a pedido governador, a Assembleia Legislativa barrou a entrada de servidores na sessão de hoje. É uma pena que a casa do povo tenha barrado os nossos mestres. Gostaria que a Alep fosse mais aberta, e que a participação popular fosse mais ativa e eficaz”, afirmou o líder da bancada, deputado Requião Filho (PMDB).
Para o vice-líder da bancada, deputado Tadeu Veneri (PT), a proibição da entrada dos trabalhadores é lamentável e mostra que a cerimônia de posse da nova Mesa Diretora foi uma festa privada, particular, feita apenas para convidados.
“O governador tem pavor em saber que os servidores podem estar na Assembleia Legislativa e infelizmente, nos últimos tempos, a Alep tem normalmente excluído aqueles que são contrários ao governo. Nós acabamos fazendo uma democracia de um lado só, quando quem é a favor do governo pode entrar e quem é contra o governo fica do lado de fora.”
Veneri também criticou a ausência do governador Beto Richa (PSDB), que havia confirmado presença na sessão especial. “Era obrigação dele estar aqui, ele é o comandante máximo do Estado”.
Os parlamentares, junto com Nereu Moura (PMDB), acompanharam o início da sessão especial e em seguida se juntaram aos servidores públicos em uma tenta montada do lado de fora da Alep, na praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu. No local, os membros da oposição se juntaram ao deputado Professor Lemos (PT), e reiteraram o apoio ao movimento de luta dos servidores públicos.
