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Suicídio – o ato que fere e marca a família

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No Brasil, mais de 11 mil pessoas tiram suas próprias vidas por ano, segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2017. Diversos são os motivos que levam alguém a cometer suicídio, desde solidão, doenças graves, decepções amorosas, perdas financeiras, bullying, entre tantos outros. Porém, tem um aspecto que é comum a esse ato: a marca e o sofrimento dos familiares que continuam convivendo com essa tragédia. Muitas vezes compreendida, mas não aceita. E o que fica é um vazio e a dúvida: poderíamos ter feito algo para evitar?

De modo geral o ato de tirar a própria vida tem como base psicológica a desesperança, uma crença que sua vida fracassou e não vai melhorar no futuro. Esse sentimento leva a pessoa para um processo de estagnação emocional, fazendo-a pensar em círculo, focando no problema e não na maneira de superá-lo. E, como emocionalmente sempre é possível ampliar o sofrimento, o resultado é o aumento dos pensamentos negativos, no qual servem de base para perpetuar a dor emocional até o ponto em que não viver passa a ser uma benção e uma possibilidade de resolver seus problemas.

É bastante comum, a pessoa que está cogitando suicídio, acreditar que tirar sua vida vai ser benéfico para si e para quem a rodeia. No entanto, do ponto de vista dos familiares, o suicídio acaba sendo um sofrimento passivo, já que se culpam por não terem identificado os sinais que o familiar apresentava. Essa culpa abre uma ferida que, na maioria das vezes, não fecha jamais. Passam cinco, dez, quinze anos e esse assunto não sai do seio familiar. Um ato que, por mais que se identifiquem os motivos, não é aceito e abala as relações dali para frente.

O melhor caminho para enfrentar o sofrimento é a compreensão do problema e a busca de soluções. Sempre que você não enxergar uma saída, procure ajuda, pois a solidão só aumentará a aflição. A visão e a experiência do outro podem ser a chave para a saída que almeja. Quanto a família que já convive com essa marca, é importante procurar ajuda para ressignificar o passado, não se culpar e buscar dar um novo significado para si. Que o sofrimento seja a base de uma construção melhor e não o aprisionamento na aflição. Se precisar de ajuda, ligue 188, o O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

psicologo Suicídio – o ato que fere e marca a família
psicólogo Flávio Melo Ribeiro

Psicólogo Flávio Melo Ribeiro
CRP12/00449

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