Política

PGR se manifestou ao STF sobre indiciamento dos Bolsonaro

Eduardo Barreto, da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, informou hoje que a Procuradoria Geral da República (foto) enviou ao STF as manifestações sobre todas as 12 autoridades acusadas de crimes pela CPI da Pandemia com foro no tribunal. A lista inclui Jair Bolsonaro, os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro, ministros, e deputado como o maringaense Ricardo Barros.. A remessa sigilosa foi feita em novembro, mas até agora não se sabia sobre quais autoridades a PGR havia se posicionado.

Os casos são relatados no STF pelos ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Em outubro, a CPI da Pandemia pediu o indiciamento de 80 pessoas, das quais 13 são autoridades com foro privilegiado. Uma é o governador do Amazonas, Wilson Lima, que pelo seu cargo é julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, a CPI apontou crimes de 12 autoridades com prerrogativa de foro no Supremo.

São elas: Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho), general Walter Braga Netto (Defesa), e Wagner Rosário (CGU), e os deputados Osmar Terra, Bia Kicis, Carla Zambelli, Ricardo Barros e Carlos Jordy. De acordo com a matéria, diante de uma possível fraude na compra da vacina indiana COvaxin, os irmãos Miranda afirmaram ter procurado por Bolsonaro (PL) para informar sobre a suspeita de corrupção na compra do imunizante. Segundo os Miranda, o presidente informou que a compra da vacina teria sido um “rolo” do deputado Ricardo Barros (PP-PR), mas que levaria o caso à Policia Federal. No entanto, não há indícios que isso tenha acontecido, o que levantou a suspeita do deputado de que Jair já sabia da possível fraude

Um dos indiciados é Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, se tornou peça chave ouvida durante a CPI. Maximiano, responsável pelas negociações, é próximo do deputado Ricardo Barros, conhecido de Flávio Bolsonaro e já teve empresas investigadas e alvo de processos judiciais (leia mais). Em outubro, Ricardo Barros disse à imprensa que o procurador-geral Agusto Aras iria pegar o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) “meter a caneta e arquivar”.

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