Cotidiano

Impacto na procura pelas praias só poderá ser avaliado daqui a 4 meses, diz ministro do Turismo

Marcelo Álvaro Antônio vai receber operadores do exterior em novembro, para passar ‘retrato da realidade’, e afirma que problema com óleo será solucionado ‘dentro de 3 ou 4 meses’. Mancha de óleo vista no litoral de Maragogi, em Pernambuco, no dia 17 de outubro
Diego Nigro/Reuters
O Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirmou ao G1 nesta terça-feira (29) que o impacto na procura de turistas por praias atingidas por manchas de óleo só poderá ser avaliado daqui a quatro meses.
“A venda de pacotes turísticos hoje vai impactar daqui a quatro meses. Obviamente, essa questão inesperada do óleo atingir a costa, do alto grau de dificuldade para trabalhar preventivamente – já que o óleo navega abaixo da superfície das águas – é uma preocupação”, disse.
O ministro disse ainda que, no mês que vem, vai receber operadores de turismo do exterior para passar “um panorama, um retrato da realidade” do Nordeste.
O evento vai acontecer em Porto de Galinhas (PE), no feriado de 15 de novembro, e são esperados mais de 100 operadores. Porto está entre os balneários que foram afetados pelo óleo.
“Esse evento vai ser importante para que a gente evite esse impacto negativo na vinda de turistas estrangeiros”, explicou Antônio, após participar do Fórum de Líderes da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA).
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Fim do problema em 4 meses, diz ministro
Em entrevista, Marcelo Álvaro Antônio disse que daqui a três ou quatro meses “esse problema [do óleo nas praias] vai estar completamente resolvido”.
Segundo ele, é preciso “formatar um discurso certo e passar para frente” após a realização de um trabalho conjunto com Marinha, Ministério do Meio Ambiente e da Saúde.
As manchas de petróleo em praias do Nordeste já atingiram pelo menos 268 localidades em 94 municípios de 9 estados desde o final de agosto – o balanço mais recente do governo é de segunda-feira (28).
A substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impactos nas cidades litorâneas.
Trinta navios de 11 países estão sendo investigados como possíveis responsáveis pelo vazamento.
O que dizem Embratur e agências
Questionada sobre ações para evitar desgaste no setor turístico, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) disse que está monitorando o impacto do tema no exterior, “trabalhando assim para que não haja deturpação dos fatos e prejuízo a imagem brasileira”.
O órgão também falou que não há relatos de queda no setor hoteleiro no nordeste brasileiro, citando a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Procurada, a Associação não respondeu.
“Dados obtidos junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e empresas aéreas, demonstram, em outubro, um aumento 11,39% de voos internacionais na região Nordeste em relação a 2018”, diz a Embratur em nota.
Também procurada pelo G1, a Associação Brasileira das Agências de Viagens disse que, como outubro é um mês de baixa temporada, o movimento está “normal para o período”.
“Entre nossas agências de viagens associadas não há registro de cancelamentos. Não temos como falar de impactos sobre a temporada, porque as vendas, em geral, aquecem a partir da segunda quinzena de novembro”, disse por meio de nota.
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redação

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